FUMSSAR apresenta números preliminares sobre DST/AIDS
A FUMSSAR está realizando um levantamento de dados para publicar mais um boletim epidemiológico, trabalho este que é realizado por equipe que é coordenada pelo Odontólogo Ronald Schay. Dados preliminares sobre HIV/AIDS mostram que dos 309 casos cadastrados, 178 pessoas que vivem com HIV/AIDS (PVHA) estão sendo acompanhadas clinicamente no SAE (Serviço de Atendimento Especializado), destas, 153 são residentes em Santa Rosa, no entanto muitos outros moradores de Santa Rosa são acompanhados na rede privada ou em SAEs de outros municípios, não podendo ser preciso o número total de casos locais, mas sabendo-se que vai muito além deste valor e que estes resultados são dinâmicos, se modificando quase que diariamente. Dos casos acompanhados, 80 são homens e 73 são mulheres, sendo que 70% dos casos são detectados na faixa entre 20 e 49 anos, 4 casos são de crianças e o que se destaca é o aumento do número de detecções nas pessoas com mais de 60 anos, que subiu mais de 250% em 2014, se comparado a média dos anos anteriores. Já na Unidade de Dispensação de Medicamentos Antirretrovirais (UDM), há 312 pessoas em uso da terapia antirretroviral (TARV), dos quais 164 residem em Santa Rosa e os demais, em municípios da região, de fora da região e até mesmo de outros estados. A TARV proporciona uma boa qualidade de vida a PVHA e diminui a transmissão do HIV, pois torna a carga viral circulante no sangue indetectável. Hoje a TARV é oferecida para todas as PVHA, independente de sua condição clínica, desde que a pessoa se comprometa a aderir ao tratamento. Portanto, se fazendo um diagnóstico precoce e com o tratamento adequado, a PVHA leva uma vida normal, reduzindo muito o risco de morte por complicações da doença, dando inclusive a possibilidade de planejar sua família, podendo gerar filhos saudáveis. Técnicos explicam que verdade, o que mata hoje, não é a AIDS, e sim o preconceito, que leva as pessoas a não se testarem precocemente por não aceitarem a possibilidade de ser portadoras deste vírus.
Presidente da FUMSSAR Dr. Luís Antônio Benvegnú:” As pessoas devem primeiramente se prevenir, testarem-se, hoje existe o teste rápido e a FUMSSAR disponibiliza aos usuários, a nossa orientação é para que procurem uma unidade de saúde e lá receberão todas as informações e encaminhamentos possíveis, a AIDS não tem cura mas tem tratamento, quanto mais as pessoas trocarem informações, maior poderá ser a prevenção, pois a doença está mais próximo de nós do que podemos imaginar”
Médica Fernanda Ginjo dos Santos: “Temos que nos dar em conta que quando nos relacionamos com uma pessoa, estamos na verdade nos relacionando com todo o passado desta pessoa, com todos os parceiros anteriores e com os parceiros anteriores dos parceiros também. Por isso é tão importante a testagem e a prevenção com o uso do preservativo.”
Farmacêutica Luciana Alves Leg: “A sociedade tem que mudar seu pensamento sobre este assunto, não existe mais grupo de risco, temos que aceitar que todos somos vulneráveis, senão continuaremos a perder pessoas amadas desnecessariamente. A AIDS, além de facilmente prevenível, pois basta o uso do preservativo na relação sexual, pode ser tratada e controlada, ninguém mais precisa morrer desta doença.”
Enfermeira Janete Terezinha Zagulo: “O nosso serviço está a disposição para atender a comunidade santa-rosense, oferecemos os testes não só para HIV/AIDS, mas também para Hepatites virais e sífilis. Temos preservativos para oferecer a todos, inclusive para as CIPAS que desejarem promover a prevenção desta e de outras DTSs em suas empresas. Além disto, estamos disponíveis para participar de atividades coletivas em empresas, escolas, clubes de mães, grupos de idosos e jovens, bem como consultas individuais para orientação e aconselhamento.”