Santa Rosa tem a menor taxa de mortalidade infantil dos últimos 12 anos
Nos últimos anos a Mortalidade infantil vem sendo um indicador de saúde de grande preocupação para as gestores e os profissionais de saúde.
O indicador de saúde taxa de mortalidade infantil tem como busca avaliar a assistência ao pré-natal, a vinculação da gestante ao local de ocorrência do parto, as boas práticas durante o atendimento ao parto e nascimento. Assim como, o acesso das crianças menores de 1 ano ao acompanhamento de puericultura nos serviços de saúde e a atenção hospitalar de qualidade, quando necessário.
Ao longo dos anos a Mortalidade infantil vem sendo um indicador de saúde de grande preocupação para as gestores e os profissionais de saúde envolvidos no pré – natal em razão da alta taxa de mortalidade que Santa Rosa vinha apresentando inclusive maior que a do estado. Este quadro se inverte em 2019.
Em 2018 foram 13 óbitos infantis e 13 óbitos fetais, em 2019 este número reduziu para 8 óbitos infantis o que representa uma redução de 38%, e óbitos fetais de 13 para 4 representando uma redução de 69% .
Em 2015 foi implantado no município o comitê Inter setorial de investigação da mortalidade infantil envolvendo profissionais de saúde, hospitais, instituições de ensino, Ministério Público entre outros, onde as causas de todos os óbitos infantis e fetais são investigados.
As gestantes de Santa Rosa que realizam seu pré-natal nas unidades básicas de saúde recebendo o atendimento da equipe multiprofissional durante toda a gestação, seguindo os protocolos técnicos baseados nos protocolos do Ministério da Saúde, todos os exames necessários para a gestante são oferecidos pelo sistema de saúde do município. A participação efetiva do enfermeiro e um dos diferenciais existentes no pré – natal da rede, que realiza o acompanhamento desde o momento em que o exame de gravidez for positivo até a fase de puerpério (42 dias após o parto). As gestantes encontram ainda portas abertas a qualquer momento a todos os serviços oferecidos pela FUMSSAR com critério de prioridade, e participam de grupos de gestantes. Sempre que necessário a equipe de profissionais realiza visitas domiciliares para as gestantes e também recebem acompanhamento pelos agentes comunitárias de saúde. Os atendimentos de rotina são agendados previamente em caso de não comparecimento, a equipe de saúde realiza busca a esta gestante.
A Diretora de Atenção Primária em Saúde Alice Klein destacou que vários foram os fatores e atores desta conquista e ressaltou que a troca de informações entre os profissionais da atenção básica , maternidade e UPA, gera um acompanhamento multidisciplinar e integral em todo o processo. Alice frisou ainda que deve haver um envolvimento no ambiente familiar no pré-natal, isto faz com que a corresponsabilidade não só da gestante, mas também da família aumenta. Para ela a abordagem dos métodos de planejamento familiar reduz a gravidez de alto risco impactando diretamente na mortalidade.
O Presidente da FUMSSAR Délcio Stefan afirmou que esta redução deve-se ao fato de muito empenho de todos os profissionais que direta ou indiretamente envolvem-se num processo gestatório desde a unidade básica até o serviço hospitalar. O presidente destaca ainda que o período pós- parto também tem um trabalho intenso.
Mesmo com os índices satisfatórios a direção da FUMSSAR vai intensificar ainda mais as linhas de cuidados com os entes envolvidos e com o comitê para que mantenha reduzindo ainda mais a mortalidade infantil.